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Valar Morghulis ou o tempo da morte por uma política da memória

Valar Morghulis – “Todos os homens devem morrer” – e/ou “The time is out of joint” – “Nosso tempo está desnorteado” [1] são duas sentenças que ressoam um mesmo não-lugar: o tempo da morte. Ainda que haja, e decerto ainda há e haverá, toda uma distância literária – e não falo aqui da temporalidade histórica Valar Morghulis ou o tempo da morte por uma política da memória

daquilo que se vê quando se vê o desconhecido

“– Em 14 de setembro de 2011, no programa Hors champ de Laure Adler, na France Culture, Jean-Luc Godard fez as seguintes observações:  ‘Questão: Nos explique a diferença entre o verdadeiro cinema e os filmes, fazer filmes.  Resposta: Os filmes nós podemos ver, o cinema nós não podemos ver. Só podemos ver o que não daquilo que se vê quando se vê o desconhecido

Blitzkrieg Bop ou Do poder da música enquanto supremo amor & nitroglicerina

Que tempo bom que não volta nunca mais Tempo não tem casaTempo mora na rua E a morada do TempoÉ o Sol e a Lua. Ponto de candomblé em louvor ao Orixá Tempo. Não me iludo, tudo permanecerá Do jeito que tem sidoTranscorrendo, transformandoTempo e espaço navegando todos os sentidosPães de Açúcar, CorcovadosFustigados pela chuva, Blitzkrieg Bop ou Do poder da música enquanto supremo amor & nitroglicerina

A errância do escritor

O que é um comentário? Esta pergunta tão voluntária guarda em si toda a potência e despontencialização da crítica. Em um só tempo, comentar subtrai algo daquilo que é objeto do comentário e o substitui com a crítica, mesmo que esse objeto permaneça lá, intacto. Mesmo que esse furto não ultrapasse os limites metafísicos. Talvez A errância do escritor

Olivio e sua bola

Alguns meses se passaram desde que publicamos o último texto da coluna ‘campo sem juiz’. Essa pausa derivou de uma necessidade: concentrar esforços na preparação de um novo volume, originado do próprio exercício que começamos a praticar no espaço desta coluna no ano passado (2023). O levantamento de escritos zapatistas que motivou a produção do Olivio e sua bola

a anarquia da literatura: esse desengajamento já engajado no mundo

Quando a literatura existe? A sua autonomia pode ser dispensada, sublocada, colocada somente enquanto realização de algo?  Ressurge, agora, a partir de um novo círculo literário-filosófico francês, toda uma discussão em torno do engajamento do escritor como modo de se fazer literatura enquanto testemunho e crítica social. Essa discussão já tão batida nos anos 60 a anarquia da literatura: esse desengajamento já engajado no mundo

De caracóis e de polvos contra o lobisomem

De caracóis e de polvos contra o lobisomem é o texto que encerra o livro Rostos cobertos corações à mostra – futebol, autonomia e luta zapatista e constitui uma escrita coletiva realizada pelos integrantes de equipes do circuito de várzea de futebol autônomo e libertário da cidade de São Paulo. Adriana Shiraishi, Danilo Heitor, Jaqueline De caracóis e de polvos contra o lobisomem

as produções suplementares do corpo

Os rastros suplementares que constituem os sentidos que nos chegam, que chegaram a muitos em outras épocas, e que chegarão a tantos, estipulam o filtro hierárquico a partir do qual tudo ganha a sua referente relevância. Esses suplementos, assim como outros que foram relegados à “inverdade” e à “falseabilidade”, são aqueles que nos resta, enquanto as produções suplementares do corpo

“Delta Estácio Blues” e o realismo maravilhoso de Juçara Marçal

Poéticas da diáspora que desafiam a lógica do cotidiano e milagrosamente abrem frestas para outras possibilidades de mundos e entendimentos da realidade. Por Victor Garofano Em El Reino de Este Mundo, o escritor cubano Alejo Carpentier buscou narrar a revolução dos africanos escravizados na Ilha de São Domingos. Acontece que Carpentier fez isso de um “Delta Estácio Blues” e o realismo maravilhoso de Juçara Marçal

Uma zona de vizinhança, introdução ao “jazz e política da existência”

Uma zona de vizinhança “O próprio mundo tornou-se uma espécie de órgão gigantesco, e a escrita uma música, transbordando por toda a parte o universo sonoro” Félix Guattari “Se ressituar como herdeiro de um desastre, e não apenas de um progresso, permite criar alguns graus de liberdade inesperados” Isabelle Stengers Música e política. Mais especificamente, Uma zona de vizinhança, introdução ao “jazz e política da existência”

con odio y venganza: antifascistas de la garra blanca e mobilizações torcedoras no chile

No ano de 2019, uma revolta social multifacetada e plural tomou de assalto o espaço público chileno. Articulando pautas diversas que se entrelaçavam através das problemáticas condições do neoliberalismo no país, as coletividades que ocuparam as ruas no mês de outubro daquele ano experimentaram novas formas de expressão política, ao mesmo tempo em que conjuravam, con odio y venganza: antifascistas de la garra blanca e mobilizações torcedoras no chile

Àqueles que tem por nome próprio Estrangeiros, Mendigos, Prisioneiros, Bêbados, Hóspedes de abrigo, Vagabonds, Ciganos, Mambembes, Andarilhos, Despertencidos

A “inexistência”, o “desaparecimento”, daqueles que chamamos de estrangeiros está, de  fato, ligada a certa moralidade associada à alteridade. Se não é a ontologia a filosofia primeira, e sim a ética, é porque a ontologia só é possível a partir do Mesmo, do Único. Isto é, para manter a unidade da teorização do ser, a Àqueles que tem por nome próprio Estrangeiros, Mendigos, Prisioneiros, Bêbados, Hóspedes de abrigo, Vagabonds, Ciganos, Mambembes, Andarilhos, Despertencidos

“agora, a internacional situacionista” – parte II de II

“Agora, a internacional situacionista“ é uma seção da primeira parte do livro Desalienar o poder, viver o jogo: uma crítica situacionista ao direito resultado das pesquisas que desenvolvi durante o doutorado. Procuro introduzir breves características que marcaram a fundação da Internacional Situacionista, principalmente tendo em vista a crítica que os situs direcionavam ao aspecto meramente “agora, a internacional situacionista” – parte II de II

“agora, a internacional situacionista!” – parte I de II

Agora, a internacional situacionista” é uma seção da primeira parte do livro Desalienar o poder, viver o jogo: uma crítica situacionista ao direito resultado das pesquisas que desenvolvi durante o doutorado. Procuro introduzir breves características que marcaram a fundação da Internacional Situacionista, principalmente tendo em vista a crítica que os situs direcionavam ao aspecto meramente “agora, a internacional situacionista!” – parte I de II

arte revolucionária ou barbárie

Desvio é uma coluna na qual serão realizados experimentos do uso situacionista da imaginação. Desvio é um jogo, um modo de se enfrentar radicalmente a coisificação dos sentidos possíveis do porvir. Desvio é a situação da discrépance, a dissolução do abismo entre a letra e a palavra; linguagem da contradição. “O desvio subverte as conclusões arte revolucionária ou barbárie